21 de abril de 2010

17 de abril de 2010

Simplicidade Voluntária

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vida simples ou simplicidade voluntária é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o "quanto mais melhor", em termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples por diferentes razões que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida e do tempo passado com a família e amigos, redução do stress , preservação do meio ambiente, justiça social ou anti-consumismo , enquanto outros escolhem viver mais simplesmente por preferência pessoal ou por razões econômicas - embora a vida simples seja essencialmente uma escolha e nada tenha a ver com "pobreza forçada".

A pobreza é involuntária e debilitante, a simplicidade é voluntária e mobilizadora, adverte Duane Elgin, autor do livro Simplicidade Voluntária. Significa fazer um esforço consciente para descobrir o que realmente é importante e abrir mão do que é supérfluo, descobrindo assim que uma vida mais frugal exteriormente pode ser muito mais rica e abundante interiormente [1].

Embora o ascetismo possa assemelhar-se à simplicidade voluntária, aqueles que aderem à vida simples nada têm de ascéticos.

O termo downshifting (redução de velocidade, intensidade ou nível de atividade) é freqüentemente usado para descrever o ato de mudar de um estilo de vida de maior consumo para um outro, baseado na simplicidade voluntária. Mas o downshifting, como conceito, embora tenha muitos pontos comuns com a simplicidade voluntária, é um outro conceito.




Para mais informações através do site: www.simplicidade.net

7 de abril de 2010

O Templo do Yoga


O Templo do Yoga

O Yoga é como um templo: uma belíssima construção feita dos mais nobres materiais. Esse templo é o produto da contribuição de inúmeras gerações de sábios e yogis, que deram o melhor de si mesmos para esta obra. É o resultado de visões e revelações dos mestres ancestrais sobre o sentido da existência e como realizar nesta vida as mais altas aspirações humanas. Esse templo recebeu o fruto de milhares de praticantes silenciosos que o enriqueceram com suas dádivas. Apesar das inúmeras mãos, conhecidas e anônimas, que levantaram o prédio ao longo das gerações, é visível uma perfeita unidade na estrutura, já que o objetivo final do Yoga sempre foi a prioridade de todos esses artífices.

O templo é feito de mármore e granito, sândalo e ébano, prata e ouro. As paredes do templo são cobertas, por dentro e por fora, por uma infindável série de esculturas e pinturas, registro dos praticantes de outrora. Altas torres circundam a estrutura central. O conjunto é dominado por uma imensa cúpula dourada, que irradia luz em todas as direções e serve como guia para muita gente. As escadarias que conduzem ao interior impressionam pela largura, beleza e harmonia das suas linhas.

A entrada nesse templo pode fazer-se por qualquer uma das suas inúmeras portas e portais. Cada uma tem um nome, um tamanho e abre numa determinada direção. Porém, podemos acessar a riqueza do templo entrando por qualquer uma dessas aberturas. Poderíamos dar a cada uma um nome diferente: Mantra Yoga, Hatha Yoga, Karma Yoga, Jñana Yoga, Kundalini Yoga, Tantra Yoga... a lista é longa e as possibilidades são muitas.

O que interessa é que, independentemente da porta de entrada que usarmos, todos acabamos por nos encontrar no interior do templo. Esse “lado de dentro” do Yoga é chamado samadhi, iluminação, ou ainda moksha, liberdade. O templo do Yoga sempre esteve aberto para quem quisesse entrar nele, muito embora a iluminação não seja o objetivo de muita gente no presente, assim como nunca foi o objetivo da maioria no passado.

Os diferentes portais são os estilos e tradições do Yoga, que nos possibilitam ingressar no estado de paz. Não adianta, como fazem alguns teóricos, ficar discutindo sobre qual seria a melhor porta, qual seria a melhor entrada. Uma vez que você aprende o caminho para esse estado de paz interior, você olha para as portas e percebe que a diferença entre elas é algo supérfluo. O que realmente importa é estar no estado. Uma vez que você adquire intimidade com o Yoga, qualquer porta de entrada pode ser usada, a qualquer momento. Uma vez dentro do Yoga, você reconhece quantas pessoas também estão nessa tranqüilidade e também se torna capaz de ajudar outrem a entrar.

Você percebe que cada pessoa se move livremente dentro do Yoga, e igualmente reconhece o quanto é importante compartilhar o espaço da maneira mais solidária e aberta possível. Você percebe da mesma forma, o quanto é importante manter as portas do templo abertas, de maneira que o maior número possível de pessoas possa se beneficiar da paz do Yoga.

Porém, aconteceu recentemente que o templo sofreu algumas reformas que não estavam nos planos dos arquitetos originais: algumas pessoas que deveriam zelar pela fluidez no acesso sofreram um ataque de amnésia e passaram a agir como proprietários das portas para o estado de liberdade. Restringiu-se assim a entrada de muita gente. Essas portas acabaram ficando bastante diferentes das originais. Algumas portas podem dar a impressão de conduzir ao interior do templo, mas em verdade terminam em corredores estreitos e escuros, muito longe do espaço sagrado central, onde brilham a luz do conhecimento e a plenitude.

Hoje em dia, então, podemos distinguir dois tipos de entrada no Yoga: o que sempre existiu, que são os ramos clássicos: Hatha, Raja, Jñana, Karma, Bhakti, Mantra, etc., e os produtos das novas reformas, que muitas vezes levam o nome do professor que ensina essas formas particulares, quase sempre centradas na prática física. Até aí, tudo bem, pois contribuições que possam enriquecer o Yoga serão sempre bem-vindas. O Yoga sempre foi pródigo em assimilar e sintetizar tradições que pudessem deixar sua mensagem mais clara e acessível, conforme os séculos passavam e as gerações se sucediam. Assim, algumas das grandes contribuições no campo dos Yogas centrados no corpo, como o Hatha ou a Yogaterapia, foram feitas por pesquisadores, fisioterapeutas e anatomistas ocidentais.

Porém, ninguém deveria considerar-se dono (ou representante do dono) de alguma porta especial, já que o Yoga é patrimônio de todos os humanos. Os “donos” das portas, inevitavelmente, acabarão por fechá-las. Uma porta assim, com a fechadura e dobradiças enferrujadas, não poderá mais ser aberta. Isso já aconteceu mais de uma vez, com tradições que foram esquecidas e que mais ninguém pratica ou conhece hoje em dia. Os vendedores de ingresso para usar algumas portas poderão ficar famosos ou ricos, mas certamente não serão lembrados como continuadores da verdadeira tradição.

Todas as portas são igualmente válidas para ingressar no estado de paz: o corpo, a meditação, a respiração, a devoção, o som, a ação ou o conhecimento. Não interessa que via você usa para entrar no estado de Yoga. Importa sim, se você consegue manter-se dentro desse estado, e se você faz alguma contribuição para que outras pessoas possam se beneficiar dele. Importa, principalmente, a maneira em que você se relaciona com os demais, estejam eles dentro ou fora do templo. Namaste!

Pedro Kupfer.